China e Itália assinam memorando

Rota da Seda: A Itália é o primeiro país membro do G7 a integrar este protejo faraónico de infraestruturas marítimas e terrestres lançado por Pequim em 2013

Os governos italiano e chinês assinaram no passado dia 23 de Março, um memorando de entendimento “não vinculativo” para selar a entrada de Itália na “Nova Rota da Seda” apesar das preocupações de Bruxelas e Washington.

A Itália é o primeiro país membro do G7 a integrar este projecto faraónico de infraestruturas marítimas e terrestres lançado por Pequim em 2013.

Com este projecto, Pequim tenciona impulsionar o seu comércio com o Ocidente, não obstante as reticências por parte da União Europeia (UE).

O memorando de entendimento baseia-se em 29 acordos em áreas como infraestruturas e energia e foram assinados em Roma, na presença do presidente chinês, Xi Jinping, e do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, na Vila Madama de Roma.

Itália torna-se assim o primeiro país a apoiar este projeto do G7, o grupo das sete democracias mais industrializadas do planeta. Tal é conseguido através de um memorando de entendimento que não cria vínculos jurídicos, e que aquele país europeu vê como uma lista de intenções, um “acordo programático”, como defendeu nos últimos dias o primeiro-ministro Giuseppe Conte, face aos receios suscitados.

Em concreto, os Estados Unidos e importantes membros da União Europeia, como a França ou a Alemanha, olham com certa desconfiança para as intenções do governo Chinês, que suspeitam que possam vir a aumentar a influência da potência asiática no continente europeu.

Países europeus como Malta, Portugal, Bulgária, Croácia, República Checa, Hungria, Grécia, Estónia, Letónia, Lituânia, Eslováquia e Eslovénia, já assinaram acordos deste tipo mas a Itália é o primeiro país do G7 a fazê-lo.

Nos termos do memorando de entendimento, para a “Nova Rota da Seda”, Itália e China ratificaram 29 acordos entre as suas empresas para aumentar a cooperação em sectores como o das infraestruturas, da energia, da cultura e do turismo.

 

Fonte: Lusa

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