BNU considera que Portugal e China têm potencial de crescimento

Em termos de investimento entre os dois países, explicou Carlos Álvares, há ainda uma disparidade grande entre os dois: a China investe cerca de 75 vezes mais do que Portugal.
BNU considera que Portugal e China têm potencial de crescimento

Carlos Álvares, presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau, acredita que “os negócios entre Portugal e a China têm um potencial de crescimento, ainda que em maio passado, o comércio bilateral tenha registado um aumento de cerca de 18%”.

Em entrevista à Agência Lusa, Carlos Álvares admite que se não fosse a pandemia, “os resultados podiam ter sido melhores”.

De acordo com os últimos dados publicados pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em 2020, e em plena pandemia, as trocas comerciais entre os dois países cresceram 4,82%, resultando em mais de 6,9 milhões de euros. Em termos diretos, “a China investe cerca de 75 vezes mais do que Portugal”.

Seminário sobre o Estado de Investimento e Desenvolvimento das Relações Luso-Chinesas

Na passada quinta-feira, 15 de julho, realizou-se o Seminário sobre o Estado de Investimento e Desenvolvimento das Relações Luso-Chinesas que contou com vários intervenientes, entre os quais a consultora especial da MdME Lawyers Un I Wong.

Também em entrevista à Agência Lusa, Um I Wong disse que as dificuldades de circulação entre os dois países, assim como restrições as restrições fronteiriças impostas no regresso à China têm causado uma redução geral nos investimentos.

De acordo com Wong, “há investidores que investem mesmo sem ver os imóveis […] Em geral, uma redução de investimentos. O interesse está lá”.

Outro dos convidados foi o presidente da CESL Asia, António Trindade, que frisou também acreditar que nos próximos anos haverá “um aumento de potencial de valor à relação económica entre Portugal e China”.

Para o presidente da CESL Ásia, “as exigências de valor acrescentado e a aversão ao risco aumentou o potencial de atividades económicas que têm maior credibilidade estabelecidas”, num contexto em que há uma mudança estrutural na economia chinesa e de restruturação do sistema financeiro, investimento estrangeiro e das próprias empresas estatais.

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