Que oportunidades traz a Nova Rota da Seda à Lusofonia?  

Esta e outras questões foram lançadas na quinta -feira passada, na apresentação do livro “The New Silk Road and The Portuguese Speaking Coutries”, que decorreu na Galeria de Arte do Casino do Estoril. 

Esta e outras questões foram lançadas na quinta -feira passada, na apresentação do livro “The New Silk Road and The Portuguese Speaking Coutries”, que decorreu na Galeria de Arte do Casino do Estoril.

“Se fosse necessário extrair uma única lição da obra, seria a responsabilidade soberana que cada país de Língua Portuguesa tem de avaliar as oportunidades oferecidas pela One Belt One Road”. As palavras são de Francisco Ribeiro Teles, Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que no lançamento do livro “The New Silk Road and The Portuguese Speaking Coutries”, vestiu a pele de apresentador. 

Publicado pela Associação Amigos da Nova Rota da Seda e pelo Instituto Internacional de Macau, a obra tem a coordenação de Fernanda Ilhéu, Francisco Leandro e Paulo Duarte. O lançamento decorreu na passada quinta-feira, 12 de Dezembro, na Galeria de Arte do Casino do Estoril e teve na mesa de honra Fernanda Ilhéu, Francisco Ribeiro Teles e João Amoreira (em representação de Jorge Rangel). 

Segundo Fernanda Ilhéu, a obra levanta duas questões fundamentais: Se a Rota da Seda terá ou não os efeitos geoeconómicos e geopolíticos e civilizacionais que a Rota Portuguesa teve; E se os Países de Língua Portuguesa poderão enquadrar-se e beneficiar da sinergia que esta iniciativa tem.

“Em primeiro lugar, a obra traz uma grande riqueza de informações sobre a própria iniciativa Faixa e Rota no lugar que ocupa nas estratégias de desenvolvimento da China e a sua inserção internacional”, disse. “Este livro foca um tema crucial nos aspectos geopolíticos e geoeconómicos que a Iniciativa Faixa e Rota está a introduzir neste momento e o que ela vai provocar em termos de evolução económica e política global do Século XXI”. 

A apresentação do livro ficou a cargo de Francisco Ribeiro Teles. O seu discurso assentou na visão que os Países de Língua Portuguesa têm da Rota da Seda Marítima e Terrestre do Século XXI e o alcance e impacto que a iniciativa One Belt One Road poderá ter junto desses países.

Os vários capítulos abordam diferentes características de diferentes regiões e “que são altamente relevantes”. A saber: “Potencial sinergia entre os possíveis desdobramentos da iniciativa Faixa e Rota e da Agenda 20 30 das Nações Unidas e os seus objectivos de desenvolvimento sustentável em cada país; O eventual papel dos Países de Língua Portuguesa na implementação da iniciativa na área da energia, que constitui junto com as infraestruturas e transportes os seus eixos fundamentais; Potenciais efeitos geopolíticos na construção de uma nova ordem mundial; Eventual complementaridade entre as cooperações chinesas e europeias no desenvolvimento dos países africanos de língua portuguesa”. 

The New Silk Road and the Portuguese Speaking Countries oferece uma relevante contribuição para a reflexão e discussão das oportunidades e dos desafios proporcionados pela iniciativa Faixa e Rota para os Países de Língua Portuguesa. “No livro, há a convicção de que a iniciativa poderá levar as relações históricas entre os Países de Língua Portuguesa e a China a um novo patamar”. 

A Faixa e Rota foi lançada em 2013 pelo Governo Chinês e “oferece oportunidades significativas de cooperação financeira, investimentos e desenvolvimento económico e comercial a todos os países a ela associados, por entre os quais estão os Países de Língua Portuguesa”.

Segundo o Secretário Executivo da CPLP, esta estrutura engloba actualmente seis países africanos, um europeu, um asiático e um da América do Sul. 

“Na próxima Cimeira da CPLP, que vai ter lugar em Luanda em Julho do próximo ano, estão já inscritos para a entrada na comunidade Roménia, Grécia, Qatar, Perú, Costa de Marfim, Estados Unidos da América e Espanha”. 

No âmbito da CPLP, o foco central tem sido o diálogo político e a cooperação técnica e promocional da Língua Portuguesa, estando constituído por três pilares – língua, concertação política e diplomática, cooperação. “Está -se a desenvolver um quarto pilar assente na dimensão económica e empresarial”. 

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