Os investidores chineses estão a apostar na compra de imóveis em Lisboa para cumprir o prazo relativamente aos Vistos Gold em Portugal e, de acordo com o jornal South China Morning Post, de Hong Kong, esta procura já superou os investimentos nos apartamentos em Singapura.
A ideia, conta o mais influente diário em língua inglesa daquela região, é os investidores aproveitarem os ‘últimos cartuxos’ e, ao mesmo tempo, evitar os quatro pontos de risco geopolíticos mundiais, retirando-se do mercado dos EUA, Reino Unido, Austrália e Japão que, nos últimos anos, têm vindo a ver os laços políticos e comerciais a piorar entre si e o mercado chinês.
Deste modo, os investidores viram em Portugal e em Singapura duas alternativas de investimento. Embora a pandemia da Covid-19 tenha atenuado as viagens ao exterior, não foi impedimento para os investidores procurarem ativos no exterior. Com o anúncio da proximidade das vacinas contra a Covid-19, veio destacar-se um ‘boom’ no mercado de ações, levando os ‘business men’ a procurarem residências estrangeiras para investir.
Os estrangeiros que pretendam adquirir uma autorização de residência no país mediante a realização de um investimento em imobiliário vão mesmo passar a ter de apostar em regiões do interior, em vez de o fazerem em grandes centros como Lisboa ou Porto, como até agora acontece na esmagadora maioria dos casos.
Esta limitação estava prevista no Orçamento do Estado para 2020, sob a forma de autorização legislativa ao Governo, mas foi adiada por causa da pandemia.
Agora, o Executivo, por instruções expressas do primeiro-ministro, que quer cumprir tudo o que foi acordado com Bloco e PCP no Orçamento deste ano, prepara-se para lhe dar seguimento e o necessário diploma deverá estar pronto até ao final do ano.