Investimento chinês em Portugal foi superior a 9 mil milhões de euros em 2018

Energia, finanças, seguros, telecomunicação, obras hídricas, saúde, design e engenharia, arquitectura, aquicultura e restauração, entre outros, são os sectores de investimento chinês
investimento

O investimento chinês em Portugal, no final de 2018, ultrapassou os nove mil milhões de euros, envolvendo os sectores de energia, finanças, seguros, telecomunicação, obras hídricas, saúde, design e engenharia, arquitectura, aquicultura e restauração, entre outras disse o embaixador da China em Portugal.

Cai Run, numa entrevista ao jornal Diário de Notícias, disse ainda que as empresas com capital chinês criaram 42 mil postos de emprego locais fazendo com que a China se tornasse no quinto maior investidor estrangeiro em Portugal.

O diplomata referiu que até agora, o sector energético português, o maior sector de investimento chinês, recebeu 4,5 mil milhões de euros de investimento.

Cai Run lembrou que a China investiu igualmente 3,2 mil milhões de euros nas empresas financeiras portuguesas, formando gradualmente uma cooperação financeira sino-portuguesa abrangente. Em Abril passado, o BCP, em cooperação com Unionpay Internacional da China, tornou-se a primeira instituição financeira europeia a emitir cartões de Unionpay e, em  Maio,, Portugal emitiu dívida pública em Renminbi (panda bonds) , tornando-se o primeiro país da zona euro a fazê-lo.

O embaixador assinalou igualmente que também em Maio a COFCO Internacional inaugurou o Centro de Serviços Partilhados em Matosinhos, onde criou 150 postos de emprego no primeiro ano e 400 outros nos próximos anos.

Chi Run referiu-se ainda à Huawei, estabelecida em Portugal há 16 anos e que possui 31% do mercado de telemóveis, para dizer que nos últimos três anos, o valor do investimento da empresa em Portugal ultrapassou os 200 milhões de dólares.

Na entrevista o diplomata sublinhou ainda que “as empresas chinesas são activas nas cooperações trilaterais em parceria com empresas portuguesas, explorando em conjunto mercados da Europa, América Latina e África, sobretudo dos países de língua portuguesa” considerou que Portugal “sendo um ponto de encontro importante das rotas da seda terrestre e marítima, é um parceiro natural na construção conjunta de Uma Faixa e Uma Rota”.

 

Fonte: Macauhub

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