No passado dia 30 de novembro, foi inaugurado o Laboratório de Conservação de Património, em Macau. Num comunicado, a universidade sublinha que o laboratório faz parte da iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota e foi incluído em setembro pelo ministério chinês da Ciência e Tecnologia numa lista de projectos prioritários de cooperação internacional.
O laboratório funcionará em rede, com as três universidades a colaborar em projectos que vão desde o digital à conservação preventiva e sistemas de manutenção, disse à Lusa António Candeias, vice-reitor da Universidade de Évora.
Uma das missões é a investigação em materiais históricos e novas tecnologias, disse o director do novo laboratório, Wu Yongfa, incluindo técnicas de reabilitação virtual do património cultural.
Assim que a pandemia de Covid-19 permitir, o laboratório Hércules da Universidade de Évora, dedicado às ciências do património, irá enviar um laboratório móvel para realizar campanhas na China continental, revelou António Candeias.
Além de dar formação a investigadores chineses, as três universidades pretendem criar mestrados e doutoramentos conjuntos, acrescentou o académico, que já foi director do laboratório Hércules.
O laboratório pretende desenvolver projectos de conservação e programas de investigação e formação em conjunto com autoridades e instituições da China continental, Macau e Portugal, confirmou a Universidade de Soochow.
O acordo que levou à formação do laboratório foi assinado em 06 de novembro e é válido por cinco anos.
A ligação à universidade da cidade de Suzhou, que fica perto de Xangai, surgiu através de uma parceria já existente entre a Universidade de Évora e a Universidade Cidade de Macau, disse António Candeias.
Évora vai ajudar a instituição de Macau a abrir uma cátedra dedicada ao desenvolvimento sustentável do património cultural e a montar um laboratório instrumental afiliado ao laboratório Hércules, num projecto que recebeu financiamento da Fundação Macau.
A deslocação de um investigador português para começar a montar o laboratório na Universidade Cidade de Macau foi adiado para janeiro ou fevereiro devido à pandemia de Covid-19, lamentou António Candeias.