Vistos Gold: China continua a ser o país que mais investe em Portugal

Com os números em queda, ainda assim, cidadãos chineses lideram pedidos.

Como tem acontecido ao longo deste ano, o investimento captado através dos vistos gold voltou a cair, desta vez 52% em outubro, em termos homólogos, para 28,6 milhões de euros, de acordo com as estatísticas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), divulgadas na passada semana. 

“Em outubro, o investimento resultante da concessão de vistos gold, como também é conhecido o programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) que fez oito anos no mês passado, ascendeu a 28.677.976,56 euros, uma quebra de 52% face a igual período de 2019 (59,9 milhões de euros). Relativamente a setembro (43,5 milhões de euros), a quebra foi de 34%”, lê-se no documento publicado. 

No mês de outubro, foram atribuídos 54 vistos “dourados”, dos quais 48 por via da aquisição de bens imóveis (13 na compra para reabilitação urbana) e seis através do critério de transferência de capital.

“A compra de imóveis registou um investimento de 25,9 milhões de euros no mês em análise, dos quais 5,1 milhões de euros corresponderam à aquisição para reabilitação urbana. Já a transferência de capitais totalizou um investimento de 2,7 milhões de euros, não tendo sido, mais uma vez, atribuído qualquer visto por via da criação de postos de trabalho”.

Quanto aos países, do total das concessões de vistos gold em outubro, 20 foram provenientes da China, cinco do Vietname, cinco dos Estados Unidos, cinco da Turquia e quatro do Brasil.

“Do total acumulado este ano, o montante captado por este instrumento a 569 milhões de euros, menos 14% do que um ano antes. Entre janeiro e outubro, foram atribuídos 1.047 vistos dourados”.

O programa de concessão de ARI, que foi lançado em outubro de 2012, registou no mês passado um investimento acumulado de 5,56 mil milhões de euros, sendo que 5,02 mil milhões correspondem à aquisição de bens imóveis e 268 milhões a investimento realizado na compra de imóveis para reabilitação urbana. Por sua vez, os vistos atribuídos por via do critério de transferência de capitais totalizaram 537 milhões de euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.254 ARI. Até outubro, em termos acumulados, foram atribuídos 8.702 vistos gold por via de compra de imóveis, dos quais 744 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 535 e mantêm-se 17 por via da criação de postos de trabalho (nos últimos meses não tem sido registado qualquer visto atribuído por esta via). 

A China, como se tem verificado desde o início do programa, continua a liderar a atribuição de vistos (4.728), seguida do Brasil (977), Turquia (446), África do Sul (386) e Rússia (352). 

“Desde o início do programa foram atribuídas 15.864 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 1.241 em 2020”. 

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