Vhils inaugura exposição a solo em Xangai

Mostra marca o regresso de Vhils à China. Patente até 25 de maio reúne "obras criadas durante estadias em Pequim e Xangai", que visam "ser representativas das vidas e das pessoas que dão forma a estas cidades"
Vhils

O artista português Alexandre Farto (Vhils) inaugurou no passado mês de março,  uma exposição a solo em Xangai, China, que reúne obras criadas durante estadias do artista naquele país. Patente até 25 de maio a mostra  reúne “obras criadas durante estadias em Pequim e Xangai”, que visam “ser representativas das vidas e das pessoas que dão forma a estas cidades”

“Realm” assim se chama a exposição que marca o regresso de Vhils à China – onde tem desenvolvido trabalho regularmente desde 2012 – apresenta peças num só suporte, “placas de gesso básicas usadas na construção civil em qualquer parte do mundo”, no qual Vhils cria através da remoção de camadas.

Foto: Unurth

Algumas peças que estiveram integradas na mostra individual de Vhils “Imprint”, patente em Pequim em 2017, estarão também em “Realm” lado a lado com obras novas, “inspiradas diretamente em Xangai e nos seus habitantes, estabelecendo um diálogo entre as duas cidades”.

Vhils é um dos mentores do Festival Iminente, que junta música e arte, e que se realizou pela primeira vez em Oeiras, em 2016, passando depois por Londres, em 2017 e 2018, e Lisboa, onde decorreu pela primeira vez em setembro último, no Panorâmico de Monsanto, onde está irá manter-se até 2020.

Nascido em 1987, Alexandre Farto cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com ‘graffiti’, aos 13 anos, antes de rumar a Londres, para estudar Belas Artes, na Central Saint Martins. Conhecido mundialmente pelos retratos que ‘escava’ em paredes, e noutros suportes, tem trabalhos em países e territórios como a Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Macau e Brasil.

Em 2014, inaugurou a sua primeira grande exposição numa instituição nacional, o Museu da Eletricidade, em Lisboa: “Dissecação/Dissection” atraiu mais de 65 mil visitantes em três meses.

Esse ano ficaria também marcado pela colaboração com a banda irlandesa U2, para quem criou um vídeo incluído no projeto visual “Films of Innocence”, editado em dezembro de 2014, e um complemento do álbum “Songs of Innocence”.

Em 2015, o seu trabalho chegou ao espaço, através da Estação Espacial Internacional, no âmbito do filme “O sentido da vida”, do realizador Miguel Gonçalves Mendes.

Em junho de 2018, uma obra sua esteve em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa: retratos de três moradores do bairro 6 de Maio, na Amadora, que Vhils fez em colaboração com o investigador em Estudos Urbanos António Brito Guterres, que, nos últimos anos, tem desenvolvido trabalhos em vários bairros da periferia de Lisboa.

Além disso, em 2010, com a francesa Pauline Foessel, fundou a plataforma cultural Underdogs, que se divide entre arte pública, com pinturas nas paredes da cidade, exposições dentro de portas, no n.º 56 da rua Fernando Palha, em Lisboa, um antigo armazém recuperado e transformado em galeria, e a produção de edições artísticas originais.

A plataforma tem ainda uma loja, na rua da Cintura do Porto de Lisboa, que também exposições, e começou em 2015 a organizar visitas guiadas de Arte Urbana em Lisboa.

Já sabe, se por acaso estiver em Xangai, não perca, até 25 de maio, na galeria Danysz esta exposição, na qual o artista português expõe “conjuntamente retratos e cenas urbanas” e dá “uma visão profundamente humanista das cidades onde criou as peças”.

Fonte:Lusa
Leia também o artigo publicado na revista Visão, sobre este artista.

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