O empresário Francisco D´Almeida abriu, recentemente, o primeiro espaço dedicado à Doçaria de Sintra, em Macau. Queijadas, pão de deus e travesseiros. Três produtos da doçaria portuguesa que se encontram, agora, no país asiático e “com uma excelente qualidade”. Quem garante é o empresário Francisco D´Almeida, em entrevista à Agência Lusa.
Apostar no mercado macaense surge com base nas “longas relações e influências portuguesas no país”. Inicialmente, o negócio irá se apresentar “com poucos, mas bons produtos”, mas a ideia é sempre evoluir e expandir, se possível, disse o empresário.
Neste momento, e embora as atenções estejam centradas no mercado local macaense, Francisco D´Almeida não descarta a possibilidade de expandir o negócio para outros mercados asiáticos. “A expansão depende de Macau. O nosso foco é Macau, investimos muito, queremos que o sucesso seja enraizado em Macau. A lei da natureza quase que faz o mercado”, revela.
A operar em outro continente, o empresário promete que toda a doçaria manter-se-á “fiel à receita original” e que poderá, até, ganhar uma maior qualidade, já que “na Ásia, encontram-se ingredientes em que a qualidade só lá se encontram, como é o caso da canela, beneficiando, ainda mais, os produtos regionais”.
Com mais de oito séculos de história, as queijadas de Sintra assumem-se como o doce de destaque. “A queijada é um produto que chega a todo o lado, que se pode guardar, gosta de humidade, de calor, de suar”, acrescenta.
Para além de uma montra rica em doçaria portuguesa, todo o espaço é decorado a rigor, ilustrando uma loja tipicamente portuguesa. O espaço está, assim, decorado com elementos da calçada portuguesa, cortiça, toldos do Porto e gravuras sintrenses – “A loja é decorada em três movimentos de cortiça, mármore, calçada portuguesa e a entrada em tijolo industrial. Quisemos misturar a industrialização e decoração portuguesa o mais possível”.
Com o objectivo de promover o comércio externo e atrair investimento estrangeiro, Francisco D´Almeida revela, ainda, que o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) foi uma mais valia para facilitar todas as democracias envolvidas entre Portugal e Macau. Para além disso, o empresário contou, ainda, com o apoio de diversas entidades do território macaense permitiram que a entrada do negócio português se tornasse “relativamente simples e fácil”.